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domingo, 13 de fevereiro de 2011

Uma opinião.

“salve o município que amamos, nessa terra gigante de Cabral..”

Este trecho isolado do “hino” da Cidade de Capitão Poço está sim, com seu sentido alterado, propositalmente, pois ha muito tempo podemos traduzir este “salve” de louvor por outro “salve”, o de um pedido de socorro.

Quando me perguntam sobre a cidade que eu moro a melhor descrição que posso dar é que Capitão Poço é uma cidade as avessas; aqui a corrupção é exaltada por aqueles que deveriam defender os direitos da população(que muitas vezes é obrigada a compactuar com essa corrupção exibindo um belo sorriso de satisfação no rosto), o descaso com as necessidades públicas é a primeira medida tomada pelos governantes (que fazem questão de nem morar aqui), que a lei é tida como inimiga número um de todos os que detém o poder, e onde todos fazem questão de dividir (e bem dividido) a população em uma pirâmide social, inclusive aqueles que se encontrariam na “base da pirâmide” fazem questão disso.

Se algo vem para melhorar a cidade, é ruim para uns, então se é ruim para uns, de que importa a cidade quando esses prejudicados são a pequena minoria que pode bancar os escândalos políticos das épocas das eleições? são os que apóiam os demagogos que choram e se emocionam em palcos e palanques e depois viram a cara pro cidadão pocense?

Com esse raciocínio já deu pra perceber que com o monopólio do poder que existe em Capitão Poço a cidade pode completar 300 anos, mas não vai passar dessa cidade com o índice de desenvolvimento humano de 0,615 que pode ser comparado ao de cidades africanas da República do Congo, quando a mesma poderia ser a número um em produção de laranja e tantas outras riquezas presentes em nossa região, poderia ter hospitais bons para atender a população, ter educação de qualidade e dar oportunidade a tantos alunos filhos dessa terra, que tem que recorrer a cidades com melhores condições para alcançar os sonhos, as vezes sem muitas condições, mas com força de vontade e coragem ao deixar seus familiares e amigos; Capitão Poço poderia ser mais, muito mais.

Não podemos culpar a somente a população ou só quem está no poder, é tudo uma questão de comodismo, algumas pessoas se acostumaram a ser reprimidas e outras a reprimirem, seja a liberdade de expressão ou os veículos de informação. O fato é que, hoje, essa cegueira crônica que há muito tempo vem cegando a maioria da população já não pode ser sentida por uma pequena parcela que enxerga os grandes problemas da educação, da saúde, da infra estrutura e chegam a uma única conclusão, que os vetores de todas as carências do município são palavras que se encaixam perfeitamente na nossa oligarquia : corrupção, falta de caráter e má vontade.

Não é que a cidade não vá pra frente, é que não deixam ela crescer. É dessa maneira que eu sempre encerro meu discurso sobre Capitão Poço quando me perguntam sobre o lugar onde eu nasci, e é assim que eu encerro essa pequena revisão sobre a minha cidade querida.

Espero que num futuro não tão distante o meu discurso sobre capitão poço mude e acredito no movimento como uma forma de mudança.
Fontes : Wikcionario

http://pt.wiktionary.org/

de.ma.go.gi.a - técnica de argumentação política que se utiliza da semiótica para fugir à racionalização e à análise precisa de um determinado tema ou problema social; é a argumentação política que vem de encontro às paixões populares, promentendo algo irrealizável

8 comentários:

  1. realmente estamos acomodados...mais com iniciativas como a desse blog, podemos interagir mais com nossa cidadania, em busca de melhorias em nosso município...um abraço, juntos nessa luta...

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  2. Não podemos impedir a liberdade de expressão de ninguêm, agora é extremamente incoerente ter a familia toda há usufruir dos contra cheques públicos e vim a criticar a nossa adm, que por sinal é bem melhor que a anterior, BEM MELHOR MESMO!!! Salários bons e em dias, reformas e apliações de escolas na cidade e zona rural, manuteção constante na iluminação pública, saúde tratada com respeito, com vários especialista. E por ai vai... e vem mais! aguarde. Com o nosso BELO deputado 4° Sec na Assembléia Legislativa. " A luta por uma sociedade melhor não é de agora, é desde Jesus, Lenin, Che, Max, Zumbi, Lula... Ops! Esse eu errei.

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  3. Já fui jovem, já me veio sonhos iguais aos teus
    Meus cabelos brancos já ficaram, e meus sonhos se desmancharam.
    Sem solidez...
    Quando fui criança, fui o futuro do amanhã.
    Estou à velhice esperar, e esse futuro não vi chegar.
    Não quero dessanimar ninguêm de sonhar.
    Leonardo Boff, dizia: As águias precisam voar.
    Mas ao saber do valor do dinheiro e do poder, esqueceram que eram águias.
    E abutres passaram a se chamar.
    Conto minha história com remorso no coração.
    Sofri, chorei, lutei. E o que vi foi meus sonhos no chão.
    Bolsa familia para acabar a miséria, sem ensinar a pescar.
    Currupção e mensalão, sanguesugas e Erenices
    Dinheiros na cueca e amigos sem poder se expressar.
    Lute! Sonhe! Não venha dessanimar
    Espero que o poder e o dinheiro não lhe faça um calhorda.
    E você não seja apenas mais um, querendo sua vida melhorar !?

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  4. O dono desse segundo comentário aí só poe ta é doido mesmo, ah! ta já sei é um ignorante e cego...

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  5. Calma lá, pessoal. Vamos manter o respeito. Todos têm o direito de expressar sua opinião, mas sem ofensas pessoais.

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  6. Posso até concordar com o anônimo que afirma que a atual administração é melhor (diria, menos ruim) que a administração anterior, que, aliás, não deveria nem servir de parâmetro para se avaliar uma administração. Contudo, havemos de convir que ainda existe muita coisa errada sendo feita pela prefeitura. As pequenas obras estão aí, é verdade. Mas e o posto do INSS que seria construído em nosso município e foi transferido para o Garrafão do Norte por desleixo da nossa prefeita? E as 1.004 (mil e quatro) casas populares que seriam construídas e doadas pelo Governo Federal a famílias carentes de Capitão Poço, mas não o foram por mero capricho do digníssimo esposo da senhora prefeita, que não quis que a prefeitura adquirisse o terreno requisitado para a obra pelo simples fato de o dito terreno pertencer a um desafeto seu (onde fica o Princípio da Impessoalidade da Administração Pública)? E o lixo que vem sendo constantemente despejado pela própria prefeitura (que deveria zelar pela qualidade do meio ambiente e pela saúde da população) na nascente do igarapé que abastece nossa cidade? E os aprovados no concurso da prefeitura que nunca foram chamados? Essas são algumas das inúmeras questãoes que nos deixam revoltados enquanto cidadãos. E tem outra: o fato de alguém da minha ou da sua família “usufruir dos contra-cheques públicos” não deve nos levar a compactuar com as picaretagens dos administradores públicos. Na verdade, é isso que eles querem – distrair e consolar o povo com migalhas. Se você caiu nessa, amigo, meus pêsames.

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  7. Concordo. Essas pequenas obras não são mais do que a obrigação de um prefeito. Me sinto lesado, enquanto cidadão pocense, pela falta de insteresse com que nossa cidade vem sendo administrada. Perdemos o posto do INSS, perdemos as 1.004 casas, perdemos a UFPA e estamos perdendo nossa dignidade. E o pior é que ninguém fica sabendo dessas coisas. Mas O Movimento veio para acabar com essa farra. Denunciaremos todo tipo de irregularidade.

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  8. Quarquer um que consultar o artigo 37 da Constituição Federal de 1988 verá o dever da administração pública, de executar a boa administração, com rendimento funcional, visando resultados positivos e satisfatórios ao atendimento das necessidades públicas. Então, comparar a administração de agora, com uma passada é totalmente inválido. Para buscar a melhoria em quarquer sentido é preciso fazer um comparativo entre a situação atual e outra totalmente(ou quase)satisfatória. É um absurdo, pra não dizer loucura, dizer que em Capitão Poço, saúde, educação, emprego... entre outros direitos básicos vão bem; lógico que estão melhores que no passado, mas continuam precários e muito aquém de algo bom e digno. O fato de grande parte dos habitantes do município serem empregados públicos, não elimina o direito de manisfestarem sua opinião, se trabalham pelo que recebem. Cabe a cada um o direito e o dever de agir por uma cidade melhor!

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